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Tempo ao Tempo

Rui Tavares
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  • O único dia em que Espinosa se irritou: os filósofos também se passam
    Que episódio insólito provocou a ira de Bento Espinosa, ou Baruch Spinoza, o filósofo do século XVII judeu português? Rui Tavares mergulha na extensa biografia escrita pelo historiador Jonathan Israel para tentar responder à pergunta: Terá Espinosa inventado a modernidade? Um dos mais influentes historiadores do Iluminismo, Jonathan Israel, professor britânico que integrou o Institute for Advanced Study de Princeton, publicou recentemente “Spinoza, Life and Legacy”, uma impressionante biografia de Bento Espinosa, a quem Israel atribui o título de verdadeiro fundador do Iluminismo Radical — corrente filosófica que lançou as bases das ideias modernas de democracia. Baseando-se nas mais de 1300 páginas desta extensa obra, Rui Tavares detém-se num episódio que Israel optou por omitir: aquele em que Espinosa, ao confrontar um crime bárbaro de motivação política, revela uma faceta intensamente humana e apaixonada, perdendo as estribeiras. Que evento terá provocado tamanha irritação no autor do “Tratado Teológico-Político”? Neste episódio, somos convidados a redescobrir a biografia, o pensamento e a pertinência do legado filosófico e político de Espinosa, trazendo à luz uma reflexão que ressoa nos desafios contemporâneos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    29:59
  • O suicídio de um parlamento: o dia em que o Reichstag se rendeu a Hitler
    Diferente de outros momentos perdidos na memória, o colapso da democracia alemã em 23 de março de 1933 tem uma particularidade: podemos ouvi-lo. A gravação sonora da sessão plenária do Reichstag, registada naquele dia decisivo, captura o instante em que o Parlamento alemão concedeu ao Partido Nazi plenos poderes. Este documento sonoro torna tangível uma realidade que normalmente se imagina apenas em relatos escritos ou análises históricas: o som do consentimento que silencia a liberdade. Nesse ambiente carregado, as vozes sobrepõem, resistem e, por fim, emudecem. Mas ainda ecoa a voz de Otto Wels, deputado social-democrata, cuja voz proferiu a frase emblemática: “Podem tirar-nos a liberdade, podem tirar-nos a vida, mas a honra não.” Rui Tavares convida a experimentar a história de forma sensorial: não apenas pelas palavras, mas pelo vazio, pela tensão e pelo silêncio contidos na gravação – o próprio som do instante frágil em que um parlamento sucumbe e a democracia colapsa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    24:38
  • Como se cria um mártir para a causa Nazi? A história de Horst Wessel
    Como se cria um mártir? Qual o poder político da narrativa do sacrifício pela ideologia? Rui Tavares relata a sucessão de episódios que, não sendo directamente de natureza política, foram instrumentalizados pela propaganda do partido Nazi para a criação da sua narrativa. Conheça a história de Horst Wessel, o nazi que imortalizou a ascensão de Hitler O que foi anunciado como sacrifício de Horst Wessel, membro do Partido Nazi, em 1930, esteve na base da narrativa de perseguição ideológica, e na diabolização da esquerda na Alemanha nos anos seguintes. A morte de Wessel como evento, a performance política ao redor do seu funeral, um hino que o imortalizou, e um oportuno incêndio no Parlamento serviram o mote que faltava na narrativa épica do Partido Nazi. Às portas da ascensão de Hitler ao poder, qual o papel de Horst Wessel? Partindo deste evento no início do ano de 1930, Rui Tavares traça o caminho que, nos três anos seguintes fortaleceram a popularidade da ideologia nazi e levaram à tomada política do Reichstag.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    26:44
  • Churchill em cuecas, um bife com cebolada e um mundo igualitário: A história da ONU
    Qual é, afinal, o propósito da Organização das Nações Unidas? Perante esta questão, que ecoou na abertura da Cimeira de ontem, Rui Tavares leva-nos a revisitar os motivos fundadores desta instituição, criada em 1945, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ansiava por paz, justiça e cooperação internacional. Por que razão o português abre, invariavelmente, a Cimeira das Nações Unidas, se não é uma das seis línguas oficiais da organização? Qual foi o contributo central das mulheres na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos? Quem foi Berta Lutz, que se debateu pela inclusão de ambos os géneros nos documentos oficiais das Nações Unidas, ao lado de Eleanor Roosevelt?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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  • Como os franceses reiniciaram o tempo em 1792: o calendário republicano esquecido no tempo
    A Revolução Francesa teve, sem dúvida, um impacto extraordinário no curso da história, mudando profundamente diversas dimensões do tempo e da cultura. A partir do dia da Festa do Génio, efeméride que se comemora hoje, Rui Tavares revela-nos um aspecto particular, singular e literal desse impacto no tempo, que talvez passe despercebido para a maioria: o calendário. Em específico, a criação do calendário republicano francês e a revolução no modo como o tempo passou a ser contado nos anos de fervor revolucionário. Neste episódio, vamos conhecer a forma única com que os franceses decidiram assinalar um novo começo — uma ruptura simbólica e prática — conquistada pela Revolução: o reinício da contagem dos dias e dos meses do ano. Rompendo com o antigo calendário gregoriano, França afirmou seu tempo ao adotar o Calendário Republicano. O calendário revolucionário começou em Primidi de Vendemiário, que corresponde ao dia 22 de setembro de 1792 no calendário gregoriano tradicional, data que marca o início do Ano I da República e coincide com o equinócio de outono no hemisfério norte. Mas que novo tempo é este? Como se organizam os dias e as semanas? Como se nomeiam os meses ou as estações do ano? Ficamos, neste episódio, a saber um pouco mais sobre a Revolução Francesa, sobre o espírito revolucionário, e sobre como é possível revolucionar tempo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    27:26

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About Tempo ao Tempo

Tempo ao Tempo é um podcast de histórias da História, de passado, presente e futuro, e da mudança da memória no tempo. Aqui vamos percorrer a micro-história e a História global, a História europeia e a História nacional, sempre com o objetivo de atualizar os dilemas das pessoas do passado e colocar em perspetiva histórica os nossos dilemas do presente. Com o tempo, vão aparecer texturas e um padrão narrativo, que ajudará a fazer sentido do todo. Mas o todo será sempre multímodo, polifónico e eclético. De muitos caminhos. Todas as quintas-feiras um novo episódio escrito e narrado por Rui Tavares, com apoio à produção de Leonor Losa. A sonoplastia de Tempo ao Tempo é de João Luís Amorim e a capa é de Vera Tavares e Tiago Pereira Santos.
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